quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Febril Excitação




Cai a noite já é madrugada
Ventilador ligado, janela aberta
Calor insuportável
Olho para ao lado
Você ali, só de lingerie
Me bate uma vontade
Minhas mãos deslizam
Pelo seu corpo
Você se vira em minha direção
Seus olhos entreabertos
Suavemente seus lábios
Tocam os meus
Aumenta-se o desejo
A partir do longo beijo
Temperatura sobe
Como se fosse um vulcão
Os corpos em movimento
Suor escorrendo
Frenética sensação
Cama desarrumada
O quarto em brasa
Nós  dois exaustos
Batimentos cardíacos acelerados
Ofegante respiração
O amor celado
Fato consumado
Anseios saciados
Febril excitação
Everaldo Magalhães






Borram-se Os Versos

Fecho os olhos
Tento, mas não esqueço
Momentos tristes
Sufocam no meu peito
Um passado recente
Mais um capítulo
Da minha história
Trago comigo,
Presentes na memória
Inevitavelmente, as lágrimas caem
Borram-se os versos
E o poeta se refaz
Ressurge da dor
Que no momento o assola
Renasce o sonhador
Aquele mesmo, que crê
Indiscutivelmente no amor
E que depois  do sofrimento
Virão dias de glórias
Pois esse sentimento é passageiro
E não há de perdurar
Pois cada novo amanhecer
Traz esperança no viver
E a chance  de recomecar
Everaldo Magalhães














A Fé, Como Guia

O que fazer quando se sente
 o sabor amargo da derrota?
Qual reação, atitude a se tomar ?
Quando não  foi  capaz  de cumprir,
O que foi proposto
Sentimento invade, afim de te dominar
Nessas horas a tristeza impera
Sem licença chega para ficar
E tortura, na sua mente
Da um aperto no coração
Nesse momento a companhia
É sua própria solidão
E a reflexão, onde errei?
O que poderia ter feito de diferente?
Mas o tempo trará essas e outras respostas
Cicatrizará feridas e apresentará
Novas chances  para buscar
A vitória
Não importa quão difícil será
Quantas vezes será preciso tentar
Esteja sempre pronto
Para o próximo teste
Pois assim é  a vida, cheia de
Levanta a cabeça, para dar o próximo passo
Mesmo que a glória, seja algo que pareça tão distante
A desistência não existe
A fé como guia, e a luta constante
Everaldo Magalhães